Gestores do MPLA com problemas em época eleitoral
Os queixosos alegam que encomendaram cerca de 2117 telefones (trups) a partir de uma empresa inglesa “PURSUIT4”, porém, as encomendas ao chegarem a Luanda foram parar nas mãos da empresa KAZAM, ligada aos interesses de Manuel Antônio, mas este recusa-se a devolver o bem alheio.
Face ao sucedido, os queixosos fizeram, aos 20 de Fevereiro do corrente ano, uma participação ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), em que o acusam de “abuso de confiança e danos avultados”. O processo agora registrado pelo numero 0011/DPIC, esta a ser acompanhado por um procurador, identificado por “Dr. Mafuta”.
Na queixa cujo documento o Club-K teve acesso, os queixosos alegam que no mês de Dezembro pagaram a empresa britânica PURSUIT4, a mercadoria de 2117 telefones de referencia. Os mesmos adiantam que “a referida empresa como tinha também o fornecimento de outros telefones para a empresa KAZAM, mandou com mesmo nome a nossa mercadoria dos 2, 117 telefones trups, e a mercadoria da KAZAM ANGOLA juntos mais em nome único que foi da KAZAM Angola.”
“Consciente que a mercadoria nunca foi deles os 2, 117 Trups, a mesma empresa retirou primeiro só que respondia a sua mercadoria e deixando a nossa mercadoria”, explicam os queixosos acrescentando que “avistando que nos ainda não tínhamos retirado a nossa mercadoria os 2117 telefones trups , a mesma empresa KAZAM vai e retira a nossa mercadoria sem ordem do destinatário e se apoderara da mercadoria”.
“Desde a data da factura tentamos encontrar a onde localizar esta empresa KAZAM Angola mais sem sucesso por não possuir endereço fixo, algum tempo depois dia 17 de Fevereiro conseguimos a localização dos responsáveis da empresa de nome Aliondy Sebastião Garcia e Debora Nunes. Na qual em uma reunião que temos em áudio os mesmos confirmam que receberam a nossa mercadoria mais se negam a entregar sem base solida, visto que a empresa fornecedora já enviou cartas comerciais a dar toda posse e total poderes a mim e ao senhor Baltazar sobre esta mercadoria.”, le-se na participação feita ao SIC.
Segundo os mesmos “assim notando que a mesma empresa além de não se seria sem enderenço próprio e com atitudes de usurpar o material que não pertencia a mesma, viemos por este meio abrir esta queixa contra a mesma e exigir ou o material que pegamos que são os 2117 telefones ou o valor correspondente: 31 125 000 00, o mais rápido possível que pode verificar nos documentos em anexo”.
No intuito de resolver o assunto, Manuel Antônio convocou os queixosos na primeira semana de Março comprometendo-se pagar os valores na condição de que fosse retirada a queixa. Alegou também que a empresa KAZAM não estava em seu nome mas da sua filha, reiterando pagar os valores no mês de Maio. Chegado ao mês estabelecido, o responsável da Angola Telecom, mudou a sua promessa dizendo que o seu papel era apenas de mediador e aconselhando os queixosos a dirigirem a sua filha Debora, a dona da empresa.
Há duas semanas, Manuel Antônio foi contactado pela redação do Club-K, a partir do exterior de Angola para dar a sua versão dos factos mas o mesmo negou-se a falar argumentando que desconhece o assunto em causa.
O Club-K teve também acesso a um documento assinado pelo diretor da empresa fornecedora inglesa PURSUIT4, em que este confirma que os telefones sob custodia da empresa KAZAM, pertencem de facto, ao cidadão José Baltazar, um dos queixosos.
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