Os contactos da compra do colégio foram assumidos por um representante do grupo Oshen, António Carlos Oliveira, também ligado a teia de “testa de ferros” do trio presidencial. António Carlos Oliveira é o “testa de ferro” que o trio presidencial (Manuel Vicente, Kopelipa e Dino) colocou o seu nome para registar o grupo Cochan. Em Outubro de 2014, ele transferiu os 70% desta sociedade ao general Leopoldino do Nascimento “Dino”, ex- chefe das comunicações da Presidência da Republica.
O grupo “Oshen” que agora assume a gestão do colégio turco é detido por Zandre Eudénio de Campos Finda e Daniel Rodrigues da Silveira.
Zandre Campos é um advogado formado em Portugal e que esteve na Sonangol Holding, até 2009, altura em que passou a gerir vários negócios privados dos generais “Kopelipa” e “Dino”. Foi administrador executivo formal da Nazaki Oil & Gas, uma empresa petrolífera cujos proprietários são o actual vice-presidente, Manuel Vicente, e os generais "Kopelipa" e Leopoldino Fragoso do Nascimento, em percentagens iguais. A Nazaki é a companhia parceira da empresa norte-americana Cobalt International, que opera os blocos 9 e 21 de pré-sal.
Zandre foi também administrador do extinto banco BESA, em representação da Portmill Investimentos e Telecomunicações, empresa do general “Kopelipa”.
Presentemente, Zandre Campos dirige também o grupo ABO Capital que congrega a “Oshen” e que tem a sua sede no 23 andar do predio China Internacional Fund (CIF), edifício este que acolhe as empresas privadas do circulo presidencial com destaque para a Cochan.
Recentemente o ministro da educação Pinda Simão ordenou ao encerramento do colégio em obediência de um despacho presidencial. A situação desagradou o general “Kopelipa” cujo entendimento era de que uma vez que o colégio passou para as mãos de angolanos era desnecessário o seu encerramento e o uso da força.
O Ministro do Interior, Ângelo de Viegas Tavares cujos subordinados enveredaram pelo uso da força para desalojar o colégio apresentou já desculpas pela forma como o processo foi gerido. O mesmo desconhecia que o Colégio teria passado para um grupo empresarial ligado aos interesses do general “Kopelipa”, razão pela qual os seus homens geriram o assunto sem pacifismo.
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